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eu estou de volta !

Não me perguntem,eu odeio falar sobre meus problemas,ainda mais quando minha especialidade é dramatizar os fatos.
Senti saudade de quem sentiu saudade,e é isso.
Férias férias férias,todo mundo ama e eu tambem.
Como estão hein ?
-
Numa casa pequena,num vilarejo desses pequenos pintados em quadros,uma jovem mulher punha sua filha para dormir e lhe contava uma de muitas historias.

Eu me resguardava apertando no peito o livro e o dominando com pressa,num canto da porta ele me observava sombrio e atento,tive medo.
- Mamãe... - puxei seu vestido fazendo-a olhar pra mim,sem muito se importar abaixou pra que eu pudesse falar,não disse nada,apenas fiz com que seus olhos seguissem os meus até a figura sombria na porta e nem precisamos completar o circulo,eja ja havia entendido tudo.
Não menos amedrontada do que eu,apenas mais firme,ela me puxou para si e segurou minha mão firmemente,quase que na mesma intensidade com que eu apertava o livro contra o peito,comentou com as amigas do sujeito e todas correram os olhos até ele,amedrontadas e preocupadas. A biblioteca já não podia abrigar tantas pessoas,então nos vimos obrigadas a sair,mamãe pagou meu livro,pegou-me no colo e lá fomos nós,de punhos travados passar pelo velho senhor assustador,mamãe acelerou e acelerou,e então passamos,por um momento toda tensão havia espairecido,foi quando em um só movimento rápido e cruel,o velho senhor tirou de minhas mãos o livro e se pôs a correr pela rua. Foi tudo muito rápido,quando vi ele ja estava a uma distância consideravel de mim e mamãe gritava tão alto quanto podia.Foram necessários cinco ou seis deles para segurá-la enquanto alguém chamava a polícia,e eu só podia chorar a falta do livro,que nem ao menos lembrava o nome.

A criança não parava de perguntar,sempre investigando mais a fundo cada palavra da mãe,como se investigando a cena,não que desconfiasse,só queria ter mais detalhes.
Na casa ao lado,um velho senhor via as cores descontrastarem sozinho numa cadeira,enrolado em um cobertor velho e sobre as pernas um retrato de sua filha já morta.
Nas mãos um livro de contos de fadas,e na mente a lembrança daquele dia,o dia do roubo.

2 comentários:

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